domingo, 18 de julho de 2010

Com marca Sephora, Sack's quer expansão agressiva no Brasil



DA REUTERS - O grupo francês de bens de luxo LVMH, dono da Louis Vuitton, comprou 70% do site brasileiro de cosméticos Sack's, que agora vislumbra uma expansão agressiva no Brasil com a entrada em shoppings e eventual fabricação nacional de marcas consagradas da Sephora, pertencente ao grupo francês. O valor da operação é estimado entre R$ 200 milhões e R$ 350 milhões. O presidente-executivo da Sack's e da Sephora no Brasil, Carlos André Montenegro, negou as cifras.

Segundo ele, a empresa espera ter em 18 meses as primeiras lojas da Sephora no Brasil, que no mundo tem cerca de 500 pontos de venda. "Já estamos negociando a parte dos imóveis com vários shopping centers do país, queremos ter uma entrada agressiva de lojas físicas, ampliando o parcelamento do site para elas", afirmou Montenegro sem dar detalhes financeiros da operação.

Apesar disso, ele afirmou que os recursos da operação irão para os sócios da Sack's, que, além de Montenegro, incluem o empresário Marcelo Franco e a holding de investimentos Albatroz Participações. Os sócios mantêm os 30% restantes da empresa.

Com o acordo, o grupo LVMH, que no Brasil já tem representação de cosméticos, bebidas e roupas, passa a operar também a Sephora pela primeira vez na América Latina.

sábado, 10 de julho de 2010

A nova ciência da pele

A revista veja desse mês de março, mostrou uma matéria que promete revolucionar a cosmetologia.
Confira alguns trechos:



 (Clique na figura para ampliar)
O grande salto que as empresas de cosméticos estão prestes a empreender é prolongar o funcionamento perfeito da aquaporina 3, específica da pele, por tempo indeterminado. Para isso, elas têm várias estratégias. A principal delas é a produção de cremes com proteínas sintéticas semelhantes às naturais. "Saber como funciona cada elemento que compõe a pele se tornou imprescindível para encontrarmos fórmulas cada vez mais específicas para tratá-la, e a aquaporina foi um passo gigante nessa direção", disse a VEJA o francês Lionel De Benetti, diretor da indústria de cosméticos francesa Clarins, de Paris.
Não apenas para a pele, diga-se. A descoberta dos mecanismos de circulação celular de água e outras substâncias nutritivas começa a produzir soluções para os mais diversos problemas de saúde. Uma das mais esperadas é uma terapia que pode manter os rins funcionando em padrão ótimo por quase toda a vida de uma pessoa. Aos 85 anos, um ser humano normal tem a capacidade de filtragem dos rins reduzida em média a meros 30% – ainda assim se ele tiver um organismo sadio. Pessoas que são obrigadas a tomar diariamente medicamentos para doenças crônicas, como o diabetes, exigem mais dos rins. Elas podem chegar aos 85 anos com o poder de filtragem renal de apenas 10% do normal. A possibilidade de manter ou reativar os processos que ocorrem nas aquaporinas é uma esperança para a pele perfeita e para o prolongamento da juventude e do bem-estar geral do organismo.
Na cosmética, a manutenção do bom funcionamento das aquaporinas através das décadas é a principal arma da nova revolução dos produtos de beleza, mas não a única. Os cientistas têm conseguido avanços também em outras frentes na busca pela preservação da pele jovem. A principal delas é a regeneração celular. A técnica da finalização transepidérmica, atualmente em fase de testes em vários laboratórios da Europa, procura retardar a perda da capacidade de produção celular que se intensifica a partir dos 40 anos. Moléculas de substâncias estimuladoras da renovação celular, como o retinol, são introduzidas em uma única célula da pele. A partir daí, as proteínas celulares se encarregam de levar o elemento estimulador às demais células. A utilização da finalização transepidérmica na regeneração celular também pode se dar por meio dos chamados fatores de crescimento. São proteínas naturais da pele que estimulam a produção de novas células, principalmente as responsáveis pela síntese de queratina e colágeno, substâncias que garantem a elasticidade e a firmeza da pele. Prevê-se que os produtos que utilizam a finalização transepidérmica cheguem às prateleiras das farmácias nos próximos seis meses.
O conhecimento cada vez mais apurado da pele faz com que as novas linhas de pesquisas dermatológicas lidem com uma quantidade muito maior de variáveis do que no passado. Tradicionalmente, considerava-se a existência de apenas quatro tipos de pele: normal, seca, mista e oleosa. Há quatro anos, num estudo hoje amplamente aceito pela ciência, a dermatologista americana Leslie Baumann, do Baumann Cosmetic & Research Institute, em Miami, propôs que na realidade existem dezesseis tipos de pele. Cada um deles deriva de uma combinação de quatro fatores – hidratação, sensibilidade, textura e pigmentação. Recentemente, descobriu-se também que a idade biológica é fundamental para a escolha do tipo de tratamento da pele. Até os 25 anos, o corpo se encarrega de produzir naturalmente as substâncias que lhe garantem beleza e juventude. Cabe aplicar apenas um hidratante simples e fazer uso do protetor solar com regularidade. Dos 25 aos 40 anos, a produção das substâncias responsáveis pela juventude da pele começa a diminuir. É preciso usar hidratantes mais intensos. Dos 40 aos 60 anos, a pele necessita de estímulos vigorosos para continuar produzindo as substâncias que a mantêm. Recomenda-se a utilização de cremes altamente concentrados para a prevenção do envelhecimento. A ciência também reforça cada vez mais a importância dos hábitos de vida na preservação da juventude da pele. "É um conjunto de fatores que determina o viço da pele", diz Daniel Gonzaga, diretor de pesquisa e tecnologia da Natura.

Fonte: http://veja.abril.com.br/030310/ciencia-favor-beleza-088.shtml