sábado, 16 de outubro de 2010

Vaidade masculina movimenta o mercado de cosméticos O Boticário, Mahogany e Neutrox são algumas das marcas que investem esse segmento

Já se foi o tempo em que as mulheres cuidavam de sua beleza enquanto os homens eram desleixados. A vaidade masculina liberta de preconceitos e as marcas de cosméticos de olho nas oportunidades fazem com que o número de produtos voltados ao público masculino ganhe cada vez mias importância nos negócios do segmento, inclusive aqui no Brasil. O país já tradicional quando o assunto é vaidade, ocupa a segunda posição do ranking feito pela Euromonitor de cosméticos para homens, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

O país com participação de 9% no mercado mundialmente representa 50% do faturamento total da América Latina em 2009, que foi de US$ 4,7 bilhões, segundo dados da instituição. Estudos prevêem ainda um crescimento de 10% ao ano na produção desse tipo de produto por ano. Mundialmente, o mercado de cosméticos para homens movimentou cerca de US$ 26,7 bilhões em 2009, com projeção para, em 2012, alcançar US$ 28,6 bilhões.

Para conseguir os resultados almejados, empresas como O Boticario, Neutrox e Mahogany investem não só em novos aromas e itens que vão além do pós-barba, mas também em estudos que detectam as necessidades desse público, produtos que priorizem praticidade e estratégias que atraiam os que ainda temem o preconceito.

Entendendo esse consumidor
Além de diferenças físicas e biológicas, homens e mulheres são consumidores muito diferentes e as marcas devem estar atentas a isso. Embora seja mais difícil atingir o consumidor masculino, depois que esse público é atraído e conquistado, ele se torna mais fiel que as mulheres. “Se um homem gosta de um produto ele se torna mais fiel à marca do que a mulher, até porque elas têm muito mais opções”, acredita Telmo Campos, Gerente de Marketing da Mahogany em entrevista ao Mundo do Marketing.

Por esse motivo a marca tem investido cada vez mais em linhas com vários produtos que contenham uma mesma fragrância. “Antes as mulheres escolhiam os produtos para os filhos e maridos. Hoje eles gostam de testar e sentir como fica na pele. Por isso se ele gosta de um aroma ele tende a comprar mais produtos que ofereçam resultados parecidos”, afirma o executivo da marca que tem na sua linha For Men 25% dos negócios da empresa. 

Outra grande preocupação das marcas é a embalagem que devem se apresentar muito diferentes para homens do que para as mulheres. “Formas mais retilíneas devem ser utilizadas para contrastar com as arredondadas, que predominam nos cosméticos femininos”, afirma Alberto Keidi Kurebayashi, presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia ao site. “Homens não gostam de potes e sim de tubos. As cores também são importantes, para o homem deve se trabalhar o preto, o prata e o azul”, completa o executivo.

Produtos Multifuncionais
Outra característica marcante dos homens é busca por praticidade e simplicidade. “O homem é simples, ele quer um único produto, quando tem muitas opções de produtos ele fica perdido”, garante Lúcia Rolla, gerente de Marketing da Neutrox que possui uma linha com shampoo e condicionador para homens.

Essa mentalidade simples e prática se refletiu na busca por produtos que realizam várias funções em uma só embalagem. “O homem é muito mais racional e mais lógico na escolha dos produtos, por isso busca produtos multifuncionais”, afirma Campos. Enquanto as consumidoras preferem produtos mais específicos para cada necessidade e parte do corpo, os homens são práticos e valorizam os produtos que agregam várias funções em uma só embalagem.

“O homem não tem paciência, ele busca praticidade e multifuncionalidade”, afirma Keidi Kurebayashi. Apostando nessa característica, O Boticário lançou Shower Gel Cabelo e Corpo. O produto tem fórmula desenvolvida para limpar tanto a pele quanto os cabelos. A Mahonagy também desenvolveu produtos pensados para serem multifuncionais. O Trium da linha Mahogany For Men serve como sabonete líquido, creme para barbear e shampoo. 

Para a classe C
Se engana quem pensa que a vaidade masculina é privilégio das classes A ou B. Embora consumidores desse segmento tenham mais opções, a Neutrox lançou sua linha focada no homem com menos renda e que hoje representa 10% dos negócios da marca. “Fizemos pesquisas e notamos que nenhuma marca atendia esse perfil de consumidor que também é muito vaidoso”, afirma Lúcia Rolla, Gerente de Marketing da Neutrox.

A Bertin, detentora da marca, aproveitou a tradição que a Neutrox tem junto às mulheres para posicionar a linha masculina. “Fizemos pesquisas que nos mostraram o quanto a Neutrox é importante para as mulheres. Por isso, elas comprando ou não para os homens, passam para eles a confiança que já tinham na marca”, explica a Gerente de Marketing.

Para atrair esse consumidor um pouco menos acostumado a tanta vaidade, a Neutrox investiu em ações que atingem diretamente o público-alvo. Entre as estratégias de Marketing está o patrocínio ao Clube Atlético Linense, do interior paulista, além de samplings em academias, packs promocionais e materiais em pontos de venda. A Neutrox estuda ainda a ampliação da linha. “Nós estamos ouvindo o consumidor para lançar os melhores produtos de forma mais adequada, porque tanto para homens quanto mulheres essa deve ser a principal na hora de desenvolver os produtos e trabalhar a marca”, completa Lúcia.
Por Rayane Marcolino, do Mundo do Marketing - rayane@mundodomarketing.com.br

sábado, 9 de outubro de 2010

Shrek inspira nova linha de tratamento capilar infantil da Biotropic

Shrek, um ogro verde que à primeira vista parecia assustador, conquistou crianças e adultos pelo mundo inteiro com seu grande coração e suas aventuras ao lado de Fiona e dos seus amigos: Burro e Gato de Botas. E, agora, ele vai encantar o público brasileiro na nova linha de tratamento capilar infantil, desenvolvida pela Biotropic Cosmética Licensing, formada por shampoo, condicionador, shampoo  2 em 1 e creme para pentear, indicados para crianças a partir de dois anos de idade.

Na linha de tratamento capilar infantil do Shrek, os itens se destacam pelo formato arredondado e exclusivo das embalagens, que ganharam orelhas e tonalidade esverdeada, características do personagem.  Dermatologicamente testados, todos os itens contêm Extrato de Maçã Verde, que proporciona brilho aos fios e deixa os cabelos com um perfume delicioso e refrescante.

“Personagem de um conto de fadas moderno e que diverte com suas histórias, Shrek estará em breve nas prateleiras de milhares de pontos-de-venda no Brasil. Acreditamos no sucesso desse lançamento pelo reconhecimento que ele possui junto aos consumidores, além do que, a estréia do quarto longa-metragem da série nos cinemas brasileiros deve ajudar a alavancar as vendas. Todos os produtos entregam  eficácia e segurança no uso, fundamentais para esse segmento de mercado”, avalia Marconi Arruda Leal, diretor comercial da Biotropic.

Com foco no Dia das Crianças e outras datas comemorativas, a Biotropic desenvolveu também um impactante kit, formado por shampoo e condicionador, que apresenta design inspirado na casa que Shrek tem no pântano, com direito à árvore ao fundo e muitas plantas - uma forma de presentear crianças e adolescentes com criatividade e estimular a fantasia. 

Conheça abaixo cada um dos produtos da nova linha infantil Shrek:

SHREK  Shampoo Sem Sal – 250 ml
Com fórmula sem sal, ele proporciona limpeza suave e brilho aos fios, higienizando sem agredir a estrutura delicada do cabelo infantil. Com Extrato de Maçã Verde. Deixa os cabelos com um perfume delicioso e refrescante. Dermatologicamente testado, pode ser usado diariamente. Preço médio: R$ 5,40

SHREK Shampoo 2 em 1 - Sem Sal – 250 ml
Oferece fórmula sem sal, que limpa sem agredir a estrutura delicada do cabelo infantil: higieniza com suavidade ao mesmo tempo em que condiciona e facilita o pentear dos fios. Com Extrato de Maçã Verde. Deixa os cabelos macios, brilhosos e com um perfume delicioso e refrescante. Dermatologicamente testado, pode ser usado diariamente. Preço médio: R$ 5,90

SHREK Condicionador - 250 ml
Cuida com suavidade do cabelo infantil. Com Extrato de Maçã Verde, proporciona maciez e hidratação e facilita o pentear dos fios. Deixa os cabelos brilhosos e com um perfume delicioso e refrescante. Dermatologicamente testado, pode ser usado diariamente. Preço médio: R$ 5,40

SHREK Creme para Pentear - Com Filtro Solar – 250 ml
Desenvolvido para facilitar o pentear do cabelo infantil e protegê-lo dos raios UV. Com Extrato de Maçã Verde, proporciona maciez, hidratação e muito brilho aos fios. Deixa os cabelos com um perfume delicioso e refrescante. Dermatologicamente testado, pode ser usado diariamente. Preço médio: R$ 5,90

Kit capilar Shrek, com shampoo e condicionador (250 ml cada) – Preço médio: R$ 10,00
Sobre a Biotropic
Fundada em 2005, a Biotropic é uma empresa nacional no segmento de higiene e beleza localizada na Grande Vitória (ES), com representantes em todas as regiões brasileiras.

A empresa surgiu a partir de um projeto do casal Marconi Arruda Leal e Waleska Zanelato, após uma análise detalhada do potencial do mercado de cosméticos e produtos de beleza no Brasil.

Diante das excelentes perspectivas e números promissores, afinal o País está entre os três principais mercados consumidores de produtos de beleza no mundo, eles adquiriram um parque industrial na cidade de Serra (ES) onde, hoje, localizam-se o Centro Técnico Biotropic e as linhas de produção.

Além de linhas de produtos licenciados, com marcas como Barbie, Hot Wheels, Backyardigans, Bob Esponja e Shrek, a empresa possui as marcas próprias Tut Hair e Phytonatural. Seu portfólio de produtos reúne aproximadamente 160 itens.

SAC: 0800 702 1701

domingo, 3 de outubro de 2010

L'Occitane planeja estar em 500 farmácias em três anos.


Nesta semana, na sede brasileira do grupo francês L'Occitane, na zona sul de São Paulo, funcionários da rede de farmácias DrogaRaia passeavam pelos corredores. Esses profissionais estiveram no centro de treinamento da companhia, em dias alternados, para aulas em reuniões fechadas. É parte de um projeto da marca de cosméticos que começa a ganhar musculatura em poucos dias. A partir de segunda-feira, a L'Occitane passa a vender 80 produtos de seu mix em unidades da DrogaRaia em São Paulo.

É o início de um plano que tem como meta comercializar itens da marca em 500 pontos de drogarias em até três anos, conta Anna Chaia, presidente da empresa no Brasil. "Planejamos uma expansão intensa", diz ela. "Já estamos negociando com outras varejistas, como a Onofre e a Drogasil. E ainda estamos avaliando a possibilidade de criar 'store in store' em futuras lojas de drogarias que tiverem espaço físico para isso", afirma ela.

Com 55 lojas próprias no Brasil, a rede francesa começou a avaliar, há cerca de um ano, a possibilidade de ampliar a atuação por meio de parcerias no varejo. Não se trata de alternativa aos planos de expansão orgânica no Brasil. A L'Occitane quer chegar a 70 lojas no país até março de 2011 e 100 unidades em 2012. Ainda prevê ampliar o faturamento em 35% este ano (foram R$ 102 milhões em 2009, com expansão de 30% em relação a 2008). Mas Chaia acredita que há espaço para fazer mais, de forma mais rápida e ao mesmo tempo, sem "atropelos", diz ela.

"É tudo feito com sensatez. O projeto de 500 drogarias parceiras é parte de um plano desenhado de forma detalhada e dentro das nossas capacidades de crescimento", afirma. A princípio, serão vendidas mercadorias em cinco unidades da DrogaRaia e o número será ampliado de forma gradual e constante. Quatro lojas da rede de drogarias gaúcha Panvel começaram a vender itens da marca meses atrás para testar a demanda entre as classes A e B. Os 80 itens vendidos inicialmente equivalem a 20% da linha total da marca no Brasil, com 400 itens.

No momento, serão comercializados produtos para corpo, cabelo e as fragrâncias. Itens para a área do rosto, com os preços mais elevados (há creme de 50 mililitros por R$ 255) devem complementar o portfólio das drogarias a partir de novembro. A L'Occitane vai expor os cosméticos em gôndolas exclusivas, de 1,20 metro, fabricadas pela área mobiliária da sede em Paris. Para ter esse espaço nas lojas, foi preciso negociar com as drogarias. É que cresceu, de forma assombrosa, o número de marcas que querem ter espaços próprios dentro das farmácias, para expor os produtos de forma destacada.
"A boa notícia é que, com a norma da Anvisa de exposição de medicamentos apenas atrás do balcão, sobrou espaço na frente das lojas. Por isso, o varejo anda até interessado em fechar esses acordos também", conta um gerente comercial de uma drogaria paulista.

A L'Occitane não dá detalhes, mas esses acordos de espaços exclusivos envolvem desde participação em encartes publicitários das lojas até vendas em consignação e descontos na compra dos primeiros lotes de itens.

Já está acertado que as drogarias venderão produtos com preços iguais aos dos pontos próprios da L'Occitane. É o mesmo modelo comercial adotado pela companhia na Europa e nos Estados Unidos. Nesses locais, lojas de departamento, como Macy's e Marks Spencer e Galeria Lafayette, comercializam só uma parte do portfólio pelo mesmo valor de etiqueta das lojas. Por aqui, no entanto, não haverá parcerias com grandes redes de departamento. Cadeias similares (como Mappin e Mesbla) faliram na década passada. Apesar disso, as estimativas de expansão local estão mantidas. No mundo, a L'Occitane cresceu 15% no ano passado, ao atingir € 560 milhões de receita. No Brasil, se atingir a alta de 35% prevista para o ano fiscal com término em março de 2011, a receita local chegará a R$ 135 milhões. Deve equivaler a 8% do faturamento mundial. Neste ano, a empresa no Brasil deve se tornar a quarta maior operação da rede francesa do mundo. "Até dezembro, devemos pular a Inglaterra", comemora Chaia.

Fonte: Valor – SP 

domingo, 18 de julho de 2010

Com marca Sephora, Sack's quer expansão agressiva no Brasil



DA REUTERS - O grupo francês de bens de luxo LVMH, dono da Louis Vuitton, comprou 70% do site brasileiro de cosméticos Sack's, que agora vislumbra uma expansão agressiva no Brasil com a entrada em shoppings e eventual fabricação nacional de marcas consagradas da Sephora, pertencente ao grupo francês. O valor da operação é estimado entre R$ 200 milhões e R$ 350 milhões. O presidente-executivo da Sack's e da Sephora no Brasil, Carlos André Montenegro, negou as cifras.

Segundo ele, a empresa espera ter em 18 meses as primeiras lojas da Sephora no Brasil, que no mundo tem cerca de 500 pontos de venda. "Já estamos negociando a parte dos imóveis com vários shopping centers do país, queremos ter uma entrada agressiva de lojas físicas, ampliando o parcelamento do site para elas", afirmou Montenegro sem dar detalhes financeiros da operação.

Apesar disso, ele afirmou que os recursos da operação irão para os sócios da Sack's, que, além de Montenegro, incluem o empresário Marcelo Franco e a holding de investimentos Albatroz Participações. Os sócios mantêm os 30% restantes da empresa.

Com o acordo, o grupo LVMH, que no Brasil já tem representação de cosméticos, bebidas e roupas, passa a operar também a Sephora pela primeira vez na América Latina.

sábado, 10 de julho de 2010

A nova ciência da pele

A revista veja desse mês de março, mostrou uma matéria que promete revolucionar a cosmetologia.
Confira alguns trechos:



 (Clique na figura para ampliar)
O grande salto que as empresas de cosméticos estão prestes a empreender é prolongar o funcionamento perfeito da aquaporina 3, específica da pele, por tempo indeterminado. Para isso, elas têm várias estratégias. A principal delas é a produção de cremes com proteínas sintéticas semelhantes às naturais. "Saber como funciona cada elemento que compõe a pele se tornou imprescindível para encontrarmos fórmulas cada vez mais específicas para tratá-la, e a aquaporina foi um passo gigante nessa direção", disse a VEJA o francês Lionel De Benetti, diretor da indústria de cosméticos francesa Clarins, de Paris.
Não apenas para a pele, diga-se. A descoberta dos mecanismos de circulação celular de água e outras substâncias nutritivas começa a produzir soluções para os mais diversos problemas de saúde. Uma das mais esperadas é uma terapia que pode manter os rins funcionando em padrão ótimo por quase toda a vida de uma pessoa. Aos 85 anos, um ser humano normal tem a capacidade de filtragem dos rins reduzida em média a meros 30% – ainda assim se ele tiver um organismo sadio. Pessoas que são obrigadas a tomar diariamente medicamentos para doenças crônicas, como o diabetes, exigem mais dos rins. Elas podem chegar aos 85 anos com o poder de filtragem renal de apenas 10% do normal. A possibilidade de manter ou reativar os processos que ocorrem nas aquaporinas é uma esperança para a pele perfeita e para o prolongamento da juventude e do bem-estar geral do organismo.
Na cosmética, a manutenção do bom funcionamento das aquaporinas através das décadas é a principal arma da nova revolução dos produtos de beleza, mas não a única. Os cientistas têm conseguido avanços também em outras frentes na busca pela preservação da pele jovem. A principal delas é a regeneração celular. A técnica da finalização transepidérmica, atualmente em fase de testes em vários laboratórios da Europa, procura retardar a perda da capacidade de produção celular que se intensifica a partir dos 40 anos. Moléculas de substâncias estimuladoras da renovação celular, como o retinol, são introduzidas em uma única célula da pele. A partir daí, as proteínas celulares se encarregam de levar o elemento estimulador às demais células. A utilização da finalização transepidérmica na regeneração celular também pode se dar por meio dos chamados fatores de crescimento. São proteínas naturais da pele que estimulam a produção de novas células, principalmente as responsáveis pela síntese de queratina e colágeno, substâncias que garantem a elasticidade e a firmeza da pele. Prevê-se que os produtos que utilizam a finalização transepidérmica cheguem às prateleiras das farmácias nos próximos seis meses.
O conhecimento cada vez mais apurado da pele faz com que as novas linhas de pesquisas dermatológicas lidem com uma quantidade muito maior de variáveis do que no passado. Tradicionalmente, considerava-se a existência de apenas quatro tipos de pele: normal, seca, mista e oleosa. Há quatro anos, num estudo hoje amplamente aceito pela ciência, a dermatologista americana Leslie Baumann, do Baumann Cosmetic & Research Institute, em Miami, propôs que na realidade existem dezesseis tipos de pele. Cada um deles deriva de uma combinação de quatro fatores – hidratação, sensibilidade, textura e pigmentação. Recentemente, descobriu-se também que a idade biológica é fundamental para a escolha do tipo de tratamento da pele. Até os 25 anos, o corpo se encarrega de produzir naturalmente as substâncias que lhe garantem beleza e juventude. Cabe aplicar apenas um hidratante simples e fazer uso do protetor solar com regularidade. Dos 25 aos 40 anos, a produção das substâncias responsáveis pela juventude da pele começa a diminuir. É preciso usar hidratantes mais intensos. Dos 40 aos 60 anos, a pele necessita de estímulos vigorosos para continuar produzindo as substâncias que a mantêm. Recomenda-se a utilização de cremes altamente concentrados para a prevenção do envelhecimento. A ciência também reforça cada vez mais a importância dos hábitos de vida na preservação da juventude da pele. "É um conjunto de fatores que determina o viço da pele", diz Daniel Gonzaga, diretor de pesquisa e tecnologia da Natura.

Fonte: http://veja.abril.com.br/030310/ciencia-favor-beleza-088.shtml

domingo, 27 de junho de 2010

Farmoquímica traz para o Brasil linha francesa de dermocosméticos

Produtos foram desenvolvidos a partir do conceito de Dermotecnologia Ativa.
Um dos mais importantes laboratórios franceses no segmento de dermocosméticos, a SVR chega ao Brasil através da FQM Derma, unidade de negócios da Farmoquímica exclusiva para a Dermatologia. Com mais de 40 anos de mercado e presente em 30 países, a SVR conta com uma linha completa de 75 produtos - quatro deles sendo lançados agora no Brasil -todos especialmente selecionados para a pele brasileira. Até o fim do ano, outros 12 produtos, entre cremes, loções oil free e fotoprotetores, também estarão disponíveis no mercado nacional.
Para marcar a chegada da SVR no país, a FQM Derma traz da França produtos para peles oleosas, para controle da sudorese excessiva e contra o envelhecimento cutâneo. Em comum, a alta tolerabilidade, a inovação tecnológica e as propriedades referenciadas por estudos científicos, além de fórmulas com elevada concentração de princípios ativos, o chamado conceito de Dermotecnologia Ativa.
O investimento total da FQM neste primeiro ano deverá chegar a R$ 10 milhões. A empresa estuda, ainda, criar em sua fábrica no Rio de Janeiro, uma linha de produção de cremes da SVR à base de uréia. Com este movimento, a expectativa da FQM Derma é se posicionar entre os 20 maiores laboratórios de Dermatologia do mercado brasileiro.
Linha de Produtos SVR: Spirial Spray - O desodorante da linha Spirial atua no controle da sudorese excessiva e na prevenção da formação de odores desagradáveis. Sem perfume e sem álcool, o Spirial spray tem triplo mecanismo de ação: antitranspirante, desodorante e ação calmante. O produto pode ser usado diariamente após o banho.
Densitium Creme - O Densitium Creme traz uma composição inovadora, que combina o bio-cálcio, cálcio biodisponível para a pele, com o ácido hialurônico de baixo peso molecular, que aumenta a penetração na epiderme, recuperando sua firmeza e hidratação. É indicado para mulheres acima de 45 anos. Pode ser usado diariamente, no rosto e pescoço, em todos os tipos de pele e permite o uso de maquiagem.
Densitium Contorno dos Olhos - Também desenvolvido para mulheres a partir de 45 anos, o produto é eficaz no cuidado diário da área dos olhos. Com fórmula de alta tolerabilidade, testada dermatologicamente e oftalmologicamente, o Densitium Contorno dos Olhos atua reduzindo as rugas na região, a flacidez nas pálpebras e também atenua as bolsas e olheiras.
Lysalpha Cicapeel -Com eficácia comprovada no cuidado da pele oleosa e com tendência à acne, o Lysalpha Cicapeel tem ação anti-inflamatória, seborreguladora, antibacteriana, além de estimular a renovação celular, pois reúne os principais benefícios de seus três principais princípios ativos: glucolactona, Zinco PCA e o inovador ativo neurocosmético Thephrosia purpurea, que atuam no controle da oleosidade da pele e na prevenção de cicatrizes causadas pela acne. O produto também minimiza o efeito irritante de outros tratamentos dermatológicos, pois ainda apresenta ação hidratante e antioxidante.
SVR - Criada há 40 anos pela farmacêutica francesa Simone Veret Robert, a marca de dermocosméticos SVR tem se firmado como um dos mais importantes laboratórios franceses neste segmento. Presente em 30 países, a SVR lança de 7 a 10 produtos por ano, contando hoje com uma linha completa de 75 produtos, todos com alta concentração de princípios ativos e eficácia comprovada.
Farmoquímica (FQM) - Fundada em 1932 na cidade do Rio de Janeiro, a FQM-Farmoquímica é uma Indústria Farmacêutica que vem se renovando e se mantendo sempre em linha com as necessidades da classe médica. Atualmente produz e comercializa uma linha de medicamentos sob prescrição médica desenvolvidos localmente ou obtidos através de parcerias internacionais. Hoje são mais de 40 medicamentos de marca direcionados principalmente às especialidades Ginecologia, Pediatria, Ortopedia, Otorrinolarigologia e mais recentemente à Dermatologia. A FQM possui certificações internacionais, como o ISO 9001 e o ISO 14000, para a Gestão da Qualidade e do Meio-ambiente na produção de seus medicamentos.
Para manter a classe médica sempre atualizada em relação a seus medicamentos e às patologias a que se referem, a FQM conta com um time de mais de 400 profissionais, além de um exclusivo departamento Médico-Científico. Formada por profissionais médicos atuantes, a equipe oferece o suporte técnico necessário para a avaliação de estudos e coordenação de todas as atividades científicas da Empresa.
FQM Derma - A FQM Derma é a unidade de negócios da FQM exclusiva para a dermatologia e é através dela que a linha SVR chega ao Brasil. Além dos novos produtos dermocosméticos, a FQM Derma conta com outros medicamentos de uso dermatológico, e o consagrado Kelo-Cote, um modulador de síntese de colágeno que age na prevenção e no tratamento de cicatrizes, e é apresentado nas versões gel e spray.
www.dermotecnologia.com.br
www.fqderma.com.br

sábado, 19 de junho de 2010

Entenda sua pele - Neutrogena®

Proteção e defesa
A pele atua como uma barreira que nos separa do ambiente, impedindo a invasão e a ação prejudicial de poluentes, radiação solar, substâncias tóxicas, bactérias e vírus, entre muitos outros agentes. O tecido epitelial é rico em queratina, proteína que impermeabiliza a pele, regulando assim a perda de água do organismo para que ele não desidrate.
Aderência
As dobras existentes nas articulações facilitam a movimentação, enquanto as linhas que formam as impressões digitais, nos pés e mãos, permitem maior aderência aos objetos e às superfícies.

Percepção sensorial
A função sensorial é a atividade da pele mais lembrada. As diferentes sensações, como o tato, a pressão, o calor, o frio e a dor são possíveis devido às inúmeras terminações nervosas que reconhecem os estímulos externos. É a pele quem recebe as informações do meio e envia para o cérebro, que nos diz como devemos reagir: afastar-se do fogo, agasalhar-se no frio, etc.
Regulação térmica e controle da circulação sangüínea
A pele é um poderoso isolante térmico. Independentemente do clima ambiente, ela mantém a temperatura do corpo estável a 36º C. Nos dias quentes, para diminuir a temperatura do corpo, o organismo elimina líquido (suor) para resfriar a pele. No frio, o processo é inverso. Para manter o calor e a temperatura interna, ocorre uma vasoconstrição, ou seja, a diminuição do calibre dos vasos sangüíneos, o que reduz o volume de sangue que passa pela pele, evitando uma maior perda de calor do corpo.

Eliminação de substâncias
Para equilibrar seu funcionamento, a pele elimina algumas substâncias, como o sebo, que é produzido pelas glândulas sebáceas da derme. Além de formar uma camada protetora na superfície da pele, o sebo ajuda a eliminar substâncias indesejáveis, e também atua ainda como um lubrificante natural do pêlo e dos cabelos, evitando que fiquem quebradiços.
Síntese e reservatório de nutrientes
A pele é responsável pela metabolização de alguns hormônios e da vitamina D, chegando mesmo a ser um reservatório desta vitamina, assim como é também reservatório de gordura.

Camadas
Para cumprir todas as suas funções, a pele conta com três camadas: epiderme, derme e hipoderme. Veja como elas atuam:

Epiderme
Trata-se da camada mais superficial, que fica exposta à ação dos agentes externos: sol, poluição, chuva e vento. O equilíbrio de suas funções é o que dá o "aspecto" da pele, por isso precisamos ajudá-la em seus mecanismos de renovação. A epiderme também dá origem aos chamados anexos cutâneos: unhas, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.

É formada por células epiteliais, os queratinócitos, que são produzidas em sua parte mais inferior (germinativa). À medida que essas células evoluem para a camada mais superficial da epiderme, elas perdem vitalidade até se transformarem nos corneócitos - células sem estruturas nucleares que se distribuem na superfície da pele como um "piso de ladrilhos".
Além dos queratinócitos, a epiderme também tem os melanócitos (que produzem a melanina), as células de Langerhans, importantes para desencadearem as reações imunológicas de defesa, e os corpúsculos de Merkel, cuja função ainda não está bem esclarecida. Uma outra característica da epiderme é sua constante renovação celular: a vida média de suas células é de 28 dias.
Sobre a epiderme fica situada uma camada emulsionada responsável pela manutenção da hidratação da camada córnea, que é constituída de água, gorduras, ceras, proteínas, aminoácidos e sais secretados por glândulas sebáceas e sudoríparas. Esses elementos formam o Fator Natural de Emoliência, que é mais conhecido como NMF (Natural Moisturizing Factor).

Derme
Trata-se da camada de sustentação da pele. É feita de um tecido conjuntivo, composto de fibras elásticas e colágenas, vasos sanguíneos e linfáticos, além de nervos e terminações nervosas. Da integridade e disposição dessas fibras depende a sustentação, resistência, firmeza, flexibilidade e elasticidade da pele. Os anexos cutâneos também estão situados na derme, assim como os complexos vasculares e nervosos, além de corpúsculos sensitivos.
A junção dermo-epidérmica é uma estrutura complexa e sede de diversas reações imunológicas, características de várias doenças, especialmente dermatoses bolhosas.

Hipoderme
É a camada mais profunda da pele. Por isso, também recebe o nome de tecido subcutâneo. Compõe-se de células gordurosas, de fibras elásticas e de uma substância gelatinosa, chamada de gordura subcutânea. Tem como principais funções: reservar energia, dar forma aos contornos corporais (padrão feminino ou masculino) e proteger contra traumas físicos, como batidas e cortes.

Tipos de Pele
Aqui você encontra informações especiais sobre a sua pele e os seus cabelos, com a confiabilidade de quem entende do assunto: nossos especialistas em dermatologia.
Quanto ao grau de oleosidade, a pele pode ser normal, seca ou oleosa. Mas, apesar dessa divisão, todas as peles têm uma concentração maior de glândulas sebáceas na zona T do que nas regiões laterais da face. Assim, todas as peles secas são menos secas na região médio-facial, o que também ocorre com as peles normais e oleosas. A pele acnéica não corresponde a um tipo especial de pele, e sim uma doença - ou predisposição a ela - própria das pessoas de pele oleosa: a acne.
Cada pessoa tem seu próprio metabolismo, que varia de acordo com a herança genética, os hábitos alimentares, os ambientes em que vive, entre outros fatores. A pele reage a essas condições biológicas e climáticas e se constitui de formas distintas: pode ser seca, oleosa, normal, acnéica, ou sensível.
http://www.jnjbrasil.com.br/neutrogena/home.asp

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Entrevista dada a Veja, nas páginas amarelas pelo Presidente da Nivea, Sr. Thomas-Bernd Quaas.



A obsessão dos brasileiros por beleza fez as vendas de Produtos de higiene e beleza crescer a uma cifra de 27,5% em 2008, com relação ao ano anterior. De 2007 pra cá a indústria movimentou aproximadamente 53 bilhões de reais. Dados do Euro monitor.

O Brasil é o terceiro mercado mundial de cosméticos. No segundo semestre de 2009, as vendas cresceram 18% a mais em relação ao mesmo semestre do ano anterior. Se continuar assim, em 2010, o país vai desbancar o Japão, e se tornar o segundo mercado. O primeiro mercado, claro é os Estados Unidos.

É atrás desse mercado de consumo em massa que a Nivea está de olho. E com olho bem grade, diga-se de passagem. A ponto de aparecer nas páginas amarelas da Veja.

Mas infelizmente, o crescimento das vendas da Nivea não se traduz em qualidade nas formulações dos seus produtos. A formulação dos seus filtros solares é muito pobre.

A jornalista da Veja observa a sinceridade do presidente da Nivea quando ele diz que os cremes não acabam com a celulite. Mas logo adiante ele promete que os seus cremes faciais “podem fazer com que um rosto pareça até cinco anos mais jovem.” Papai Noel existe, se um creme da nivea cumprir essa promessa.

O Sr. Quaas apenas leu a cartilha do seu departamento de marketing para a jornalista da Veja. Apesar de falar em novidades, não revela nada de novo embaixo do sol. Diz que “entre 30% e 40% da receita total da empresa é proveniente de produtos que estão a menos de quatro ou cinco anos nas prateleiras.

Então qual a razão de manter o creme da latinha? Esse creme foi criado há 100 anos. Deveria ser descartado e dar lugar a sua "segunda revolução nos cuidados com a pele, em especial no que diz respeito à hidratação."

Começa e termina a entrevista, hidratando a pele das brasileiras. Ele deve estar desinformado, pois para hidratar existem hoje no mercado brasileiro inúmeras outras opções. Além disso, as peles oleosas e acneicas não precisam das gorduras em excesso que os seus cremes contém.

Os exageros de um editorial sobre cosméticos

Após uma longa viagem de avião faz máscara no rosto com aquele creme da latinha.”

Pessoalmente já tive a experiência de pegar um vôo em São Paulo, trocar de aeroporto quatro vezes, e após 36 horas de viagem, chegar em Kuala Lâmpur na Malásia. 

Honestamente, é difícil acreditar numa afirmação dessas. Posso garantir que após uma longa viagem a última coisa que o teu rosto pede é uma máscara de creme gorduroso como aquele. Você implora por algumas horas de sono. Quem costuma viajar de avião com frequência, sabe que após um longo vôo, onde cair, dorme. 

Com todo o respeito à história do creme da latinha azul, para uma pele cansada e ressecada após uma viagem de avião, até a própria nivea possui melhores opções de máscaras para o rosto. Se a intenção do Sr. Quaas foi divulgar o creme da latinha, exagerou na dose.

Outro exagero é quando ele afirma que os cremes são responsáveis por 80% dos cuidados com a beleza. Outros 15% da beleza vem do esporte e 5% dos cosmecêuticos. 
De onde ele retirou essas estatísticas? 
Exibindo a fonte desse estudo, daria mais crediblidade à matéria.

Quando a jornalista lhe pede para definir uma pele perfeita, ele responde que é o sorriso da mulher. Confesso que não entendi essa resposta. 
Afinal a pele perfeita não é adquirida pelo "uso intensivo e constante" de hidratantes e cremes?

Onde está o segredo do creme da latinha?

O creme da latinha é o primeiro segredo da nivea.
O segundo, “são as armas muito poderosas.” 

As listas de ingrediente das substâncias estão escritas no rótulo do produto. Além de a formulação desse creme ser incrivelmente básica, sua maior porcentagem é de vaselina e óleo mineral. Não vejo nenhum segredo nisso.

O creme da latinha azul é uma ótima opção de hidratante para as mãos. Porém, não é para todo tipo de pele que ele serve. 

Vamos esperar pelas "armas muito poderosas derivadas das pesquisas sobre renovação celular" do Sr. Quaas. Quem sabe depois de 100 anos o milagre contra as rugas, finalmente será revelado pela nivea.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Dossiê.: Dermocosméticos


Enquanto laboratórios e indústrias se dividem sobre se é ético ou não massificar o approach aos dermocosméticos, o canal farma se esmera na distribuição, fortalecendo seu elo de credibilidade e confiança com as consumidoras.


Você já ter ouvido no seu dia-a-dia que uma das categorias que mais tem se destacado entre os itens de HPC no canal farma é a dos dermocosméticos. Aliados da pele da consumidora e, ainda, dos lucros dos farmacistas, eles tem feito, sim, a diferença para quem decide agregá-los ao portfólio de sua farmácia, desde que, haja um perfeito entendimento por parte da consumidora sobre o tipo de benefício que eles, do alto de toda a sua tecnologia, são capazes de oferecer. A primeira parte desse trabalho, é claro, é da indústria. Mas a propagação dos conceitos e benefícios dos dermocosméticos não pode prescindir da atuação dos farmacistas.

Começando do começo, dermocosméticos – ou cosmecêuticos – são produtos com atividade nas camadas mais profundas da pele, capazes de promover modificações fisiológicas que resultam em melhora de aspectos físicos na pele, sempre embasado por estudos clínicos. Esses produtos são intermediários entre os medicamentos e os cosméticos, todavia são reconhecidos regulatoriamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária como cosméticos Grau 2, ou seja, produtos com indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados quanto ao modo e restrições de uso.

"Com o desenvolvimento da ciência e tecnologia surgiram novas substâncias capazes de passar algumas barreiras da pele que antes não eram possíveis, e hoje não sabemos muito bem onde se classificam os produtos que tem estes benefícios. Esse é, ainda, um assunto controverso. E a legislação encontrou essa como melhor classificação para diferenciar cosméticos convencionais e cosmecêuticos", explica Leandro Ribeiro, gerente de Trade Marketing de Ache Laboratórios, que oferece ao mercado a linha Eucerin. A marca busca atender às diferentes necessidades de pele com produtos específicos e baseados em estudos clínicos. No portfólio figura três categorias – Anti-Sinais, Proteção Solar e Pele Seca – em oito apresentações comerciais diferentes, mas, complementares.

"O dermocosmético é o cosmético que mais se aproxima de um medicamento. Vendidos com exclusividade em farmácia, são produtos usados como complementos terapêuticos dos tratamentos dermatológicos e possuem comprovações clínicas, feitas através de rigorosos protocolos desenvolvidos por dermatologistas", explica Henric Sark , diretor superintendente de Cosmética Ativa da L'Oréal Brasil, cujas marcas La Roche-Posay e Vichy terminaram o ano de 2007 como líderes do mercado de dermocosméticos no País. Uma grande conquista, de acordo com Sark, uma vez que o Brasil é o segundo negócio no mundo para a marca La Roche-Posay, ficando atrás somente da França.

Em termos de perfil, os consumidores de cosmecêuticos são pessoas que se preocupam com bem-estar, com a imagem saudável, com a aparência jovem. Esse público é formado, eminentemente, por mulheres da classe A/B, acima de 25 anos, que freqüentam os consultórios dos dermatologistas.


Médicos versus farmácias
Os dermocosmético foram e continuam sendo produtos éticos. Cinco anos atrás esse mercado era muito mais focado no dermatologista do que na farmácia. E, para os laboratórios, como o Aché e, ainda, o Stiefel – que, recentemente, lançou o Revalesquim, o primeiro e ainda único dermocosmético a figurar no seu portfólio (os outros são todos de prescrição) –, continua sendo. E a lógica disso, para essas empresas, em especial, tem a ver até com uma questão psicológica.

"Iremos entrar com uma estratégica mais pontuada no canal farma a partir de abril. Já começamos a fazer alguma coisa com o trade, como alguns cursos, E vamos fazer, também, eventos com a participação dos farmacistas como. Mas não dá para entrar como muita agressividade no varejo, porque o dermatologista pode estranhar", diz Lili Lam, gerente de Cosmecêuticos do Laboratório Stiefel.

Todo esse cuidado, em última análise, seria para evitar uma "saia justa" com esse profissional. "É muito complicado quando um paciente chega no profissional de saúde e diz para ele: 'Olha, eu fui lá na farmácia e me e me recomendaram Revalesquim. O que o senhor acha?'. O ego do médico pesa muito, e se ele ainda não conhecer o Revalesquim, vai ficar chateado e, por tabela, não vai indicar o produto. Assim, temos de comunicar o lançamento para o médico antes. É ele que tem de ser o primeiro a saber. Para o médico, o laboratório é dele", explica a executiva do Stiefel.

A opinião de Lili é compartilhada por Giovana Pacini, gerente de produtos do Neolatina Farma, dona das linhas Ginkolis, para tratamento de rejuvenescimento e revitalização da pele, e Diozinac, para tratamento da pele oleosa e/ou com tendência a acne. E, novamente, o enquadramento dos dermocosméticos como produtos éticos é que norteia a sua propagação exclusiva para a classe médica. "Por essa razão, não realizamos trabalho nos pdvs. Sabemos que o médico se sente incomodado em prescrever um item dessa categoria quando vai à farmácia e vê um pôster dele", diz Giovana.

É fato que a primeira compra de um cosmecêutico, principalmente se for uma nova marca, vem por meio de uma prescrição médica, pois são produtos de alto valor agregado, com uma complexidade tecnológica, que não impulsiona a compra espontânea. Isso porque não é possível medir o custo x benefício antes da compra. E, como foi dito, o desembolso é alto. "No comparativo, os cosméticos têm valor bastante baixo, cores e aromas que atraem a consumidora, o que facilita a compra por impulso. Portanto, é mais fácil a consumidora entrar na farmácia para comprar um analgésico e levar um cosmético do que um cosmecêutico. A consumidora só compra um cosmecêutico quando já fez alguma experimentação, que gera uma fidelização", defende Leandro Ribeiro, do Aché.

Pesos iguais
Empresas como L'Oréal e sua principal concorrente na categoria de dermocosméticos, a Johnson & Johnson, naturalmente, pensam de forma bastante diferente dos laboratórios. E, segundo elas, não é só por causa das 55.000 farmácias existentes no Brasil com potencial de venda para alguma categoria de cosmecêuticos.

Para Henric Sark, diretor da Divisão de Cosmética Ativa da L'Oréal, é possível conciliar os dois mundos. E, o que é melhor, sem interferir na questão da ética dos produtos. Os cases das marcas da casa, Vichy e La Roche-Posay, são, para ele, exemplos emblemáticos disso: "A grande inovação do Grupo L'Oréal nessa categoria vem sendo a de trabalhar a visitação medica sem descuidar a visibilidade no ponto-de-venda, no caso, a farmácia. E isso gradativamente vem sendo adotado por todos os laboratórios, até mesmo por aqueles que nunca antes fizeram esse tipo de trabalho. Hoje, eles estão começando a desenvolver um trabalho de merchandising na farmácia, mais voltado para a marca do que para o produto", salienta Sark.

Uma espécie de estratégia "híbrida" semelhante norteia o trabalho da Johnson & Johnson, com suas linhas RoC e Neutrogena. "Queremos que a RoC continue tendo uma comunicação mais pontuada no dermatologista. Já com a Neutrogena, queremos fazer um trabalho mais massivo, quase que exclusivamente direcionado às farmácias", afirma Francisco Javier Mancuso, gerente de Trade Marketing de ambas as marcas.

Em síntese, a proposta da J&J é trabalhar muito mais Neutrogena no canal farma, como marca de entrada na categoria de dermocosméticos. A empresa acredita que a mulher na faixa dos 20 anos começa a consumir os dermocosméticos em função de atributos como limpeza e hidratação. E quem cumpre esse papel é Neutrogena, cujos produtos custam, em média, metade do que aqueles da marca RoC. "RoC é uma linha mais voltada para a consumidora acima dos 35 anos, uma mulher mais sofisticada, com maior poder de compra. Por isso, o coração das vendas da marca fica a encargo da prescrição médica", pontua Mancuso.

Vantagens em cascata
Em conversas mantidas com farmacistas, entretanto, percebe-se que ainda há muito desconhecimento e desconfiança no que tange às apostas na categoria de dermocosméticos. Mas, na opinião das empresas, os gestores do canal farma aprenderam, de uma forma geral, a comprar, expor e comercializar a categoria em seus pontos-de-venda.

"O canal farma aprendeu muito bem a fazer exposição e comercialização da categoria. Se compararmos o trabalho que ele desenvolve nos pdvs atualmente com o que fazia há três anos, nota-se que houve mudanças expressivas, principalmente no layout. Saiu-se de um ambiente sóbrio, frio, para um ambiente receptivo, aconchegante, com boa iluminação. Assim, a exposição da categoria de cosmecêuticos chama aos olhos qualquer um que entra nas lojas. As farmácias que investiram na categoria conseguiram, inclusive, aumentar consideravelmente seu ticket médio", observa Ribeiro, Aché.

Geralmente, a exposição dos dermocosméticos é padronizada, nos mobiliários existentes numa área específica para este segmento no pdv. O que faz a exposição ser melhor é a criatividade que cada empresa utiliza dentro do espaço que tem disponível e, é claro, a abertura da farmácia no sentido de permitir inovações.

"Vale notar que, além de tudo isso, a presença da categoria na farmácia contribui para mudar o perfil do seu público, atraindo um consumidor mais A/B. As grandes redes fizeram o dever de casa e estão tendo sucesso. Às vezes, elas chegam a nos cobrar para fazer ainda mais nos seus pontos de vendas. Mas, no âmbito das farmácias independentes ainda tem muito o que desenvolver", acredita Sark, da L'Oréal.

O executivo faz questão de frisar que, para homenagear o trabalho das farmácias dentro da categoria de dermocosméticos, a Divisão de Cosmética Ativa criou, já há três anos, o "Prêmio Qualidade do Conselho na Farmácia", uma pesquisa entre as principais redes de farmácia do País, que distingue o melhor atendimento, avaliação baseada em três pilares interligados: a abordagem, diálogo e diagnóstico, e, ainda, a recomendação e conclusão de venda.

Sob o aspecto do atendimento, interessante observar que, na esteira da evolução da lide com os dermocosméticos nas farmácias, surgiu, ainda, a figura de uma nova especialista, a dermoconsultora, uma profissional que se notabiliza pelo amplo conhecimento de fisiologia da pele, de ativos e marcas de produto, que, auxilia o consumidor na hora da compra e, efetivamente, interfere positivamente no potencial de venda da loja.

Novidades e lançamentos
Um dos sinais da crescente evolução do mercado de dermocosméticos é a agitada dinâmica de oferta de novos produtos por parte das empresas. Com efeito, a categoria vem recebendo um grande número de lançamentos nos últimos cinco anos, todos com propostas e ações fortes no pdv. Consequentemente o gerenciamento desta classe de produtos vem requerendo cada vez mais a atenção dos gestores na correta administração desses produtos. Devido a isso, é lícito pensar que, seguramente, um bom contingente entre as farmácias já têm conhecimento para seleção e compra das linhas mais importantes.

"No ano passado, o negócio de dermocosméticos foi bastante agitado, com grandes lançamentos. Os principais movimentos aconteceram no segmento de proteção solar. Também houve muitos lançamentos para o tratamento de acne, na parte de produtos para limpeza de pele e, ainda, muitas novidades em hidratação na categoria", revela Márcio Rodrigues, diretor-geral da Galderma.

Com a aposta no crescente mercado da beleza, aliás, a Galderma – um resultado da joint venture entre Nestlé e L'Oréal – quer elevar o faturamento em 50% em 2008 e dobrar de tamanho em três anos, quando pretende saltar da segunda posição no ranking para a liderança nacional do setor. A meta é baseada em estratégia que inclui o lançamento de seis produtos até o final de março. Os lançamentos já foram, inclusive, antecipados para a comunidade médica durante um evento promovido especialmente para ela, no dia 19 de fevereiro, em Salvador.

A principal novidade é Dysport, toxina botulínica que a Galderma passa a promover e distribuir no Brasil, indicado principalmente para rugas, marcas de expressão e hiperidrose. A companhia estabeleceu parceria com o laboratório europeu Ipsen, fabricante do Dysport, para atuar no Brasil, Argentina e Paraguai. "Pesquisas de mercado realizadas pela Galderma indicam que Dysport já teria a liderança no número de pacientes tratados na área estética no Brasil. O que buscaremos é a liderança do mercado em unidades vendidas", afirma Rodrigues.

Por sua vez, em 2007, tanto a Vichy quanto a La Roche-Posay focaram seus lançamentos em dermocosméticos voltados para a pele da brasileira. A Vichy ampliou sua linha de produtos para peles oleosas, lançando Normaderm Noite e Normaderm Sabonete, este último, idealizado exclusivamente para o Brasil. Já a La Roche-Posay trouxe uma grande inovação em antienvelhecimento: o Substiane, com Pro-Xylane, uma revolucionária molécula antiidade, resultado de 7 anos de pesquisa dos Laboratórios de Pesquisa Avançada L'Oréal.

Esse portfólio foi ampliado, recentemente, pelo lançamento do Normaderm FPS 15, Renovador Anti-imperfeições e pelo NeOvadiol, com Pro-Xylane, um produto para as peles que sofrem com desaceleração hormonal, ambos da marca da Vichy. "Este ano, ambas as marcas deverão aumentar o seu número de lançamentos com relação a 2007. Estaremos trazendo uma nova marca dermocosmética e, ainda, inaugurando novas categorias, tanto na Vichy quanto na La Roche-Posay", informa Henric Sark.

Quem também promete inovar bastante em 2008, trazendo dermocosméticos com tecnologia avançada para as farmácias é a Johnson & Johnson. Nesse sentido, a companhia, já começou o ano com pé direito, com o lançamento, em fevereiro, da linha Complete Lift, da RoC. "Composta por três produtos antiidade (dia, noite e olhos), ela traz como inovação a tecnologia Firm-Lift, que age sob a firmeza da pele desde as células mais externas da epiderme, até a camada mais profunda, estimulando a produção de colágeno. Os produtos contam ainda com um complexo que garante hidratação intensa e contínua", explica Francisco Mancuso. Atualmente RoC é a quinta marca de dermocosméticos no Brasil e apresenta produtos que atuam em todos os sinais de envelhecimento.

Novidades, ainda, deverão chegar às farmácias vindas dos laboratórios de dermocosméticos. "Em 2008, lançaremos uma linha para tratamento de rosácea, uma para clareamento da pele e um produto para bolsas e olheiras", garante Giovana Pacini, da Neolatina. Outros como Aché e Stifel, estrategicamente, preferem não falar sobre o assunto. Mas, com toda a certeza, eles – os novos produtos – virão, sempre com foco no mercado e nas necessidade dos prescritores e das consumidoras. Por: Marcus Frediani

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Christian Courtin Clarins – Presidente do Conselho do Grupo Clarins

"É muito difícil o seu negócio dar algum lucro quando 45% dele está caindo por causa da moeda. Os acionistas só querem saber do lucro, não se importam com a sua empresa”
                              

                       
Christian Courtain Clarins - viajando o mundo para promover políticas da empresa


1 – Porque a Clarins resolveu sair do mercado de ações?
É interessante porque a razão pela qual eu e meu irmão decidimos tirar a Clarins do mercado de ações é a mesma razão da crise: curto prazo ou dinheiro rápido.

A Clarins entrou no mercado de ações em 1994 porque éramos uma empresa pequena e precisávamos ter acesso ao dinheiro público para que pudéssemos desenvolver o nosso Centro de Pesquisas e enquanto estivemos nesse mercado, tivemos uma história bem sucedida.


Com o dinheiro coletado nós efetivamente desenvolvemos o Centro de Pesquisa em Cosméticos e Cuidados com a Pele. Mas nos últimos dez anos senti que as coisas tinham mudado. Antes as finanças estavam a serviço da economia. Agora a economia e a indústria estão a serviço das finanças.

Como rapidamente passamos a ser uma empresa forte, muitas pessoas queriam investir em nossa empresa para fazer dinheiro rápido e isso não era mais o que estávamos buscando, porque se quiséssemos manter a qualidade de nossos produtos, se quiséssemos investir em pesquisa e na qualidade dos ingredientes precisávamos de tempo.

Depois que decidimos sair do mercado de ações, coincidentemente há um ano – nós nos retiramos do mercado de ações em setembro de 2008 -, a crise financeira mundial emergiu. Agora me sinto livre porque não temos mais ninguém julgando nosso trabalho.

2 - Que tipo de pressões a Clarins sofreu do mercado de ações e de seus acionistas para tomar a decisão de se retirar dele?
Eu tenho uma empresa internacional. Fabrico tudo na França. Arrisquei 45% do total de meus negócios em dólar Americano. Quando o dólar caiu– 20% em um ano e depois 20% de novo. É muito difícil o seu negócio dar algum lucro quando 45% dele está caindo por causa da moeda. O mercado de ações quer lucro apenas. E os acionistas dizem: Porque você não reduz a qualidade de seus produtos, porque você não vai fabricar na China, porque vocês não despedem funcionários. Então eles apostam em nossa empresa apenas pelo lucro rápido que ela pode lhes proporcionar, mas não ligam a mínima para a empresa, as pessoas que trabalham nela e se eles não ligam para estas pessoas eu não quero estar com eles.

3 - Como os consumidores e os varejistas em geral reagiram ao reposicionamento da empresa como empresa privada novamente?
Eles entenderam que queríamos manter a qualidade de nossos produtos. E nos deram uma resposta muito positiva.

4 - Foi difícil comprar sua empresa de volta?
Não, mas foi caro. No entanto, não há preço pela liberdade.

5 - Como a Clarins se posiciona no mercado hoje? Ela tem o mesmo tamanho que antes?
Sim somos uma grande empresa porque somos uma empresa líder em cuidados com a pele, estamos bem sólidos com a marca Thierry Mugler e, você deve saber, nosso perfume feminino Angel, é a quarta fragrância feminina em vendas no mundo e com Azzaro estamos entre as quinze fragrâncias top mais vendidas do mundo. Então estou bem feliz com esta posição. Sofremos com a crise como todo mundo, mas não sofremos muito porque muitas mulheres, mesmo numa crise como esta, não deixam de ter os cuidados com a pele. Nossa maquiagem vai bem também porque eu diria que maquiagem traz muito prazer às mulheres. As fragrâncias sofreram um pouco mais porque toda mulher tem pelo menos cinco perfumes e agora elas compram menos, mas ainda assim estão usando o que ganham de presente. Mas sofremos porque a economia toda sofreu, mas não muito. Estamos sofrendo menos que nossos concorrentes porque, de acordo com estatísticas, estamos ganhando participação de mercado em quase todo o mundo.

6 – Mas produtos Premium, que normalmente custam mais, têm mercado apesar da crise?
Nossa política é tentar produzir a melhor marca para os cuidados com a pele. Gastamos cerca de €35 milhões todo ano em pesquisas por um preço que eu chamo de preço VIP, que é o preço real de um produto, com o valor da pesquisa e dos ingredientes que utiliza.
É como quando uma pessoa muito importante, um VIP, vai a um bom restaurante e tem a melhor mesa, ela não está pagando pela melhor mesa, está pagando apenas pela qualidade do restaurante como um todo.
Quando uma pessoa não muito importante vai a um bom restaurante ela paga pela comida especial, pelos ingredientes especiais e pela mesa. Com nossos produtos eu trato nossos consumidores como VIPs.

7 - Diante da crise financeira e com o Brasil se destacando no cenário mundial de cosméticos, especialmente pela diversidade de seus ativos naturais, com os quais a Clarins também trabalha, o senhor tem algum projeto de fábrica para o país?
Não, para maximizar a qualidade da maneira que produzimos, decidimos fabricar tudo na França, porque temos um laboratório imenso. Quando você trabalha com plantas, você precisa ter muito controle, porque não é como estar no negócio de vinhos em que a safra de 2009 foi boa e a de 2010 talvez, porque não está chovendo muito. Estamos no negócio em que a qualidade constante é exigida; precisamos controlar ingrediente por ingrediente. Então o nosso laboratório é bem grande e caro. Por isso decidimos nos concentrar em apenas um lugar para fabricar nossos produtos e esse lugar é a França. Então não temos planos de ter qualquer fábrica aqui.



8 - Nem ter um laboratório de pesquisas na Amazônia?
Ficarei feliz em fazer as coisas que eu tenho feito no resto do mundo, que é enviar nossos pesquisadores para buscar ativos interessantes para nossos produtos. Temos alguém que coordena cerca de 23 Indiana Jones que vão para toda parte no mundo desenvolver pesquisas com novas plantas.

9 - A Clarins trabalha com fornecedores brasileiros de ativos da biodiversidade da Amazônia?
Sim, mas eu não os conheço. Não conheço nossos fornecedores. Apenas sei que buscamos os melhores fornecedores em todo lugar. Temos uma pessoa que faz contato com fornecedores em diversos países. Estou para me encontrar com aquele que está trabalhando para nós no Brasil, mas eu não o conheço ainda.

10 – Desde quando a Clarins aposta na sustentabilidade?
Na primeira vez que vim ao Brasil, em 1985, encontrei um senhor, chamado Ribeiro, que era da ONG Pro-Natura, especializada em desenvolvimento sustentável e a conversa que tivemos me inspirou a ter essa visão.

11 – O senhor veio ao país na época já com propósitos comerciais?
Vim conhecer o Brasil, saber o que eu poderia fazer neste mercado, mas o mercado na época era muito fechado. Só era possível vender produtos aqui se produzíssemos localmente e já tínhamos decidido produzir apenas na França, porque nossa opção de fabricar produtos naturais é meio complicada, para explicá-la prefiro fazer uma analogia com os peixes – em cada oceano eles têm um nome diferente e muitas variações. Assim também é com as plantas.

12 - Qual é o propósito de sua visita ao País desta vez?
Quero reintroduzir a marca Clarins, fazer com que as pessoas se conscientizem do que é a nossa marca, o grupo, bem como nossas políticas sociais. Vim também para encontros com a imprensa, com varejistas, encontrar certas pessoas do mercado, enfim para entender um pouco o que mudou por aqui, o que teremos que nos adaptar para buscar maior eficiência, junto como meu novo parceiro no país.  Estou muito feliz com ele, é um bom parceiro e temos um ótimo relacionamento. A Neutrolab entende muito bem este mercado. Sendo assim, temos todos os ingredientes para fazer da Clarins a número um em cuidados com a pele no Brasil. Este é o nosso objetivo.